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Musica e fantasia: curtas as sugestões de discos, filmes e livros.

Categoria: Década de 1970

Here’s to you (Nicola and Bart), com Joan Baez

Hoje em dia é difícil explicar o que é anarquismo. Mas é fácil explicar a injustiça da pena de morte para Sacco e Vanzetti. Fácil sentir solidariedade por eles nos versos de Joan Baez e música de Ennio Morricone.

You belong to me, com Carly Simon

Se houver um bom sentido para a palavra apego, ele está em You belong to me. Quem canta diz para a outra parte do casal que não precisa se mostrar atraente para outras pessoas: olhos amorosos veem sua beleza.

Always on my mind, com Elvis Presley

Always on my mind fala de um relacionamento em crise, apesar do cantor sempre pensar na pessoa amada. A letra é bela porque fala da tristeza de modo muito sóbrio. E termina com um pedido de reatamento, de continuidade.

Dois pra lá, dois pra cá, de Bosco e Blanc, com Elis Regina

Aldir Blanc e João Bosco foram grande dupla da MPB, que os tempos atuais parecem fazer esquecer. Radiografavam o universo da pequena classe média carioca. Grandes versos como “a ponta de um torturante/ bandaid no calcanhar” eram sua marca.

Alice não mora mais aqui, de Martin Scorsese

Muitas obras de arte narrativa seguem o padrão início, desenvolvimento, clímax e desfecho. Mas o filme de Scorsese quer imitar a vida, que pode parecer não ter sentido. O interesse do espectador é garantido pela impressionante atriz Ellen Burstyn.

Pessoal intransferível, de Torquato Neto

Pessoal intransferível, de Torquato Neto

A melhor crítica (ou teoria) de poesia é feita por aquele que escreve poesia (Pound). Todo poeta teoriza sobre seu trabalho quando o comenta. Para Torquato Neto, isto significava a autenticidade obtida pela renovação, em conflito com o estabelecido.

Que loucura, com Sérgio Sampaio

Sérgio Sampaio, sambista sensível, homenageou Torquato Neto, poeta tropicalista, como melhor pode fazer: com uma canção sobre as internações do poeta no Hospício do Engenho de Dentro, então dirigido por Nise da Silveira, amiga das artes, discípula de Jung.

Além do horizonte, com Tim Maia e Erasmo Carlos

Dizem que o Brasil tem um ouvido musical que não é normal. Parece cena de vídeoclipe entrar em um supermercado pequeno e reparar que várias pessoas cantam junto com Erasmo e Tim Maia. O paraíso também se chama fraternidade.

Taj Mahal, com Jorge Benjor

Taj Mahal, um palácio e um túmulo muito bonito na Índia, é também um samba que levanta pistas de dança. A letra usa técnicas de estilo modernista. A melodia, que alguns achariam pobre, serviu de base para um rock.

Você, com Tim Maia

Tim Maia teve uma vida sofrida. Seu sucesso comercial foi injustamente menor do que seus muitos talentos. Por isso, é entusiasmante ouvir os versos “sou feliz/ agora”. Mesmo que depois a música retorne à tristeza que sempre o acompanhava.