Chopin era um pianista virtuoso, desde muito cedo na vida. Nas composições, ele se mostrava uma criatura de dois mundos: suas peças têm a clareza e a racionalidde francesa, e uma profundidade escura, fria e até depressiva da Polônia.
Talvez dê para dizer que Nelson Freire vem tornando diferente aquela coisa sempre igual, encontrando o cristal, a clareza, no meio de toda emoção da música clássica romântica, de Chopin a Schumann, que sempre foi interpretada de forma mecanicamente sentimental.